PAUX-DE-DEUX
Saudades, muitas saudades de ti, amiga.
Ontem fomos pela vida... andando pelo Centro, por Copacabana, pela Lapa. Dançamos a noite toda: o ritmo de nossos corpos era um só dentro da variedade de sons. Passos intensos e desencontrados de nós mesmos, monocórdios. Essas nossas loucuras de sempre que, parafraseando Chico, esperam o carnaval chegar...
Angélica de Oliveira Castilho
Rio de Janeiro, 29 de junho de 2008.
domingo, junho 29
quinta-feira, junho 19
domingo, junho 15
CLOWN
Andando em passos lentos, com olhar baixo, cigarro apagado pelo vento e pela chuva, entre tropeços pelos paralelepípedos, segue a dama de triste figura. Maquiagem borrada, meio sorriso, cabelos escorridos, olhar aceso: faróis! Passa invisível a ex-metonímia da alegria pelas portas dos bares. É tarde! Cadeiras sobre as mesas, chão sendo lavado. Daqui a pouco será dia... Apressa o passo para fugir do sol.
Angélica de Oliveira Castilho
Rio de Janeiro, 13 de junho de 2008.
Andando em passos lentos, com olhar baixo, cigarro apagado pelo vento e pela chuva, entre tropeços pelos paralelepípedos, segue a dama de triste figura. Maquiagem borrada, meio sorriso, cabelos escorridos, olhar aceso: faróis! Passa invisível a ex-metonímia da alegria pelas portas dos bares. É tarde! Cadeiras sobre as mesas, chão sendo lavado. Daqui a pouco será dia... Apressa o passo para fugir do sol.
Angélica de Oliveira Castilho
Rio de Janeiro, 13 de junho de 2008.
quinta-feira, junho 12
PÁGINA DE DIÁRIO
Não tenho tido paz.
Os sonhos confusos trazem festas, rosas e rosas em buquês sobre uma cama que não dividimos. De todos, um era pra mim e não se fazia segredo disso. Todos os nossos conhecidos nos olhavam e sabiam.
Os sonhos tortos trazem o corpo de um e o nome de outro em almoços fartos de família, mas nós sabíamos quem éramos.
Os sonhos táteis trazem aconchego, diminuem a saudade, embora não possuam enredos diferentes da realidade.
Sobem pela garganta angústia e choro todas as manhãs.
Angélica de Oliveira Castilho
Rio de Janeiro, 12 de junho de 2008.
Não tenho tido paz.
Os sonhos confusos trazem festas, rosas e rosas em buquês sobre uma cama que não dividimos. De todos, um era pra mim e não se fazia segredo disso. Todos os nossos conhecidos nos olhavam e sabiam.
Os sonhos tortos trazem o corpo de um e o nome de outro em almoços fartos de família, mas nós sabíamos quem éramos.
Os sonhos táteis trazem aconchego, diminuem a saudade, embora não possuam enredos diferentes da realidade.
Sobem pela garganta angústia e choro todas as manhãs.
Angélica de Oliveira Castilho
Rio de Janeiro, 12 de junho de 2008.
terça-feira, junho 10
sexta-feira, junho 6
Assinar:
Postagens (Atom)