sábado, dezembro 20

HIDRA DE LERNA

Amor e suas muitas cabeças!
São tantas
E tão poço tempo pra entendê-las
E quando julga entender,
Ele já não mais é:
Entender é cortar cabeças para delas surgirem outras emdobro
E não se pode,
Em hipótese alguma, queimar-lhes o corte: morta a hidra, morta a vida.
Esse monstro deve ser domesticado e morder-nos
Calcanhares e sonhos.

Angélica de Oliveira Castilho

Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2008.
OIÁ IANSÃ

Coragem é tudo!
Há pessoas que são pé de vento,
bailam nesse ir e vir da vida:
ida, ida, ida sem mas nem porquês.
Voltar em voltas, em rodopios,
pelo ar que é assim
que a Moça dos Ventos vive.

Angélica de Oliveira Castilho

Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 2008.