SUSANINHA
E o dia do aniversário
é o instante cego
do agora-quem-sou-eu?
do sentir-se em uma ponte
(lembra do quadro O Grito,
Edvard Munch?)
entre duas certezas:
nascer e morrer.
Nossa sorte
é que a ponte
é/está na vida,
e o eterno de antes
e a dúvida
do depois
são apenas especulações.
Quem se importa com as indagações?
Eu, você, Clarice Lispector.
Mas pra quê?
Pra que se perguntar,
se a vida se faz tão
luminosa e infinitamente
prazerosa no "já!"
do "parabéns pra você,
nessa data querida,
muitas felicidades,
muitos anos de vida"!
Angélica de Oliveira Castilho
Rio de Janeiro, 21 de agosto de 2009.
E o dia do aniversário
é o instante cego
do agora-quem-sou-eu?
do sentir-se em uma ponte
(lembra do quadro O Grito,
Edvard Munch?)
entre duas certezas:
nascer e morrer.
Nossa sorte
é que a ponte
é/está na vida,
e o eterno de antes
e a dúvida
do depois
são apenas especulações.
Quem se importa com as indagações?
Eu, você, Clarice Lispector.
Mas pra quê?
Pra que se perguntar,
se a vida se faz tão
luminosa e infinitamente
prazerosa no "já!"
do "parabéns pra você,
nessa data querida,
muitas felicidades,
muitos anos de vida"!
Angélica de Oliveira Castilho
Rio de Janeiro, 21 de agosto de 2009.