Vampire, Edvard Munch.
Não há motivo algum para sermos felizes
e mesmo assim somos
Apesar de!
O que salva o homem de si mesmo
é o grito:
uivo doente em forma de riso,
gargalhadas
por trás dos rostos partidos
que
ninguém vê
ninguém vê
ninguém vê...
A dor de mim e do outro
no picadeiro em forma de estradas -
muitos e muitos caminhos se cruzam,
vozes que passam,
sinos de despedida de hora em hora
em um mar de lápides
vê-se na sombra o seu próprio corpo morto
corpo, corpo, corpo!
Não quero ser corpo...
Roda! Roda! Roda!
Não há mais samba e a náusea cresce
embora a multidão peça o que foi busca:
êxtase do não-lugar, do não-eu, do não-sentir
no compasso da bateria.
Cabrocha rouca deslcaça
massa de carne
apagando o sorriso.
Quem irá ver a alma que cai em gotas
pela boca entreaberta do bêbado encostado ao muro?
Quem viu o espanto em mim?
Angélica Castilho
Rio de Janeiro, 08 de setembro de 2009.
DEMÊNCIA
Não há motivo algum para sermos felizes
e mesmo assim somos
Apesar de!
O que salva o homem de si mesmo
é o grito:
uivo doente em forma de riso,
gargalhadas
por trás dos rostos partidos
que
ninguém vê
ninguém vê
ninguém vê...
A dor de mim e do outro
no picadeiro em forma de estradas -
muitos e muitos caminhos se cruzam,
vozes que passam,
sinos de despedida de hora em hora
em um mar de lápides
vê-se na sombra o seu próprio corpo morto
corpo, corpo, corpo!
Não quero ser corpo...
Roda! Roda! Roda!
Não há mais samba e a náusea cresce
embora a multidão peça o que foi busca:
êxtase do não-lugar, do não-eu, do não-sentir
no compasso da bateria.
Cabrocha rouca deslcaça
massa de carne
apagando o sorriso.
Quem irá ver a alma que cai em gotas
pela boca entreaberta do bêbado encostado ao muro?
Quem viu o espanto em mim?
Angélica Castilho
Rio de Janeiro, 08 de setembro de 2009.
Um comentário:
Meu Deus *-*
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