MEDO DOS MEDOS
Solidão em deserto povoado de braços e bocas,
Pernas, pernas, pernas!
Todos amarando meu corpo.
Ai de mim! Ai de mim que sou esfinge,
Metáfora nesse lago de recortes
E não suporta essa despersonalização.
Ai de mim que sou carnalmente etérea,
Luxuriosamente santificada,
Concretamente sonhos trágicos.
O inferno! O inferno é definitivamente subjetivo.
Angélica Castilho
Rio de Janeiro, 25 de junho de 2007.
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