sábado, dezembro 23

SEM TÍTULO I

Às vezes, como agora, eu quero
Ter a oportunidade de nascer de novo,
Para poder descobrir o mundo, talvez,
De outras formas.
Quero a chance de tentar não fracassar
Nos meus experimentos tão freqüentemente
E ter que fazer reparos permanentes
Nas conclusões de meus relatórios.
E, nessa nova vida, poder ficar
O mais longe possível de gente.
Seria um eremita júnior!
Leria o mundo pelos sentidos
E dos homens teria
O que eles contam nos livros,
Contato mais nenhum.

Angélica Castilho
Rio de Janeiro, 22 de julho de 2004.

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