domingo, julho 20


CRÔNICA DE NÓS DOIS

A volta é sempre triste.
São Paulo vem em imagens cortadas de frio. E os versos de Oswald cantam baixinho, baixinho acompanhados de jazz. Seus passos largos marcam o ritmo da nossa fala, do nosso riso. O aconchego das mãos nos ombros, no rosto. O cabelo que se solta e se prende entre os dedos. Os copos esquecidos na mesa de bar... Bebe-se para lembrar o rodopiar dos eus que somos e negamos, e que, por isso, deixamos trancados num quarto anônimo.

Angélica de Oliveira Castilho
Rio de Janeiro, 18 de julho de 2008.

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