DITO E FEITO
Não tenho tempo de ser poeta, poeta de profissão, de encontro nos bares, de sair em passeata reivindicando melhores leitores, melhores meios de divulgação de minha amada obra. Não tenho.
E não ter é a única poesia que me resta. Poesia do menos. Porque existir é menos! A cada dia menos, até sumir com caderno de poesia que traz desde os tempos da sexta série do antigo Ginásio. Pó do tempo! Pó da vida...
Angélica Castilho
Rio de Janeiro, 30 de abril de 2013
quinta-feira, maio 2
LEMBRANÇA
Estou com uma puta saudade de mim! Mas não me ligo há séculos! E hipérboles a parte, a vida é o Saara, o da África e o dentro do Rio, vazio e cheio de gente, mas sem gente. Com isso, a gente se perde até da gente! E não tem ninguém para anunciar em alto-falante a pessoa perdida... Tecnologia inútil quando se trata da vida...
Angélica Castilho
Rio de Janeiro, 30 de abril de 2013
Estou com uma puta saudade de mim! Mas não me ligo há séculos! E hipérboles a parte, a vida é o Saara, o da África e o dentro do Rio, vazio e cheio de gente, mas sem gente. Com isso, a gente se perde até da gente! E não tem ninguém para anunciar em alto-falante a pessoa perdida... Tecnologia inútil quando se trata da vida...
Angélica Castilho
Rio de Janeiro, 30 de abril de 2013
segunda-feira, maio 16
sábado, março 19
GRAU DE SENSIBILIDADE
Me pergunto quem será essa pessoa dentro de mim que eu quero que me ame sem eu a amar com os conceitos que a humanidade me oferece de amor. Só exercito um sentimento novo de espanto e deleite e propriedade e enjoo e esquecimento que não tem nome, mas é original. Mãe é nome que não dá conta memso, seu preenchimento foi sendo equivocado de relato pra relato, de mito pra mito. Estou sendo é mulher!
Angélica Castilho
Rio de Janeiro, 15 de março de 2011.
Me pergunto quem será essa pessoa dentro de mim que eu quero que me ame sem eu a amar com os conceitos que a humanidade me oferece de amor. Só exercito um sentimento novo de espanto e deleite e propriedade e enjoo e esquecimento que não tem nome, mas é original. Mãe é nome que não dá conta memso, seu preenchimento foi sendo equivocado de relato pra relato, de mito pra mito. Estou sendo é mulher!
Angélica Castilho
Rio de Janeiro, 15 de março de 2011.
quarta-feira, março 9
domingo, fevereiro 27

PASMO
Dentro de mim tem um mundo!
Que cresce galopantemente
Frenética, alucinada e harmônica
Me desloco uNa em dois
Que sou e não vejo.
Dentro de mim tem um outro!
Dúvida e certeza de uma identidade
Quem será o rapaz ou a moça
Que cruzará minha porta todos os dias
Até minha morte?
Dentro de mim tem um filho...
Angélica Castilho
Rio de Janeiro, 27 de fevereiro de 2011.
Dentro de mim tem um mundo!
Que cresce galopantemente
Frenética, alucinada e harmônica
Me desloco uNa em dois
Que sou e não vejo.
Dentro de mim tem um outro!
Dúvida e certeza de uma identidade
Quem será o rapaz ou a moça
Que cruzará minha porta todos os dias
Até minha morte?
Dentro de mim tem um filho...
Angélica Castilho
Rio de Janeiro, 27 de fevereiro de 2011.
sexta-feira, setembro 24
"A história humana não se desenrola apenas nos campos de batalhas e nos gabinetes presidenciais. Ela se desenrola também nos quintais, entre plantas e galinhas, nas ruas de subúrbios, nas casas de jogos, nos prostíbulos, nos colégios, nas usinas, nos namoros de esquinas. Disso eu quis fazer a minha poesia. Dessa matéria humilde e humilhada, dessa vida obscura e injustiçada, porque o canto não pode ser uma traição à vida, e só é justo cantar se o nosso canto arrasta consigo as pessoas e as coisas que não tem voz".
Ferreira Gullar
Ferreira Gullar
quinta-feira, agosto 26
quinta-feira, abril 29
segunda-feira, abril 26
ENTUSIASMO
Sempre tive a impressão de que poeta era algo grande e forte.
Decepção atrás de decepção
Quando me vi engatilhando pelos livros e querendo ser também
Quando vi que é de uma humanidade úmida e febril
Quando intui em tremor sísmico que todos morrem das mesmas dores que todo homem.
Angélica Castilho
Rio de Janeiro, 26 de abril de 2010.
Sempre tive a impressão de que poeta era algo grande e forte.
Decepção atrás de decepção
Quando me vi engatilhando pelos livros e querendo ser também
Quando vi que é de uma humanidade úmida e febril
Quando intui em tremor sísmico que todos morrem das mesmas dores que todo homem.
Angélica Castilho
Rio de Janeiro, 26 de abril de 2010.
ORIKI
Salve, Oxossi caçador!
Ele caminha pela folhas e pelos galhos e sua flecha é certeira!
Ele dorme sem dormir, ele descansa sem repousar,
porque ele anda sobre os ventos e caça dia e noite.
Tem uma única flecha e não pode errar!
Que ele nos ajude a acertar sempre!
Okê okê, Oxossi!
Angélica Castilho
Rio de Janeiro, 20 de janeiro de 2010.
Salve, Oxossi caçador!
Ele caminha pela folhas e pelos galhos e sua flecha é certeira!
Ele dorme sem dormir, ele descansa sem repousar,
porque ele anda sobre os ventos e caça dia e noite.
Tem uma única flecha e não pode errar!
Que ele nos ajude a acertar sempre!
Okê okê, Oxossi!
Angélica Castilho
Rio de Janeiro, 20 de janeiro de 2010.
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