
CALVÁRIO
Nunca foi tão penoso existir.
Saber-se humano dilacera lentamente:
Facas de lembranças, constatações, descobertas.
Existir apavora e cativa.
Ama-se dolorosamente existir.
Fica-se a um segundo da loucura
Tanta é a lucidez de ser incapaz.
A mulher no reflexo do vidro da janela do metrô
É tão bela que dói.
Assustadoramente triste!
Ela sabe que existe e que também disfarça viver
E é só! Apenas isto!
Angélica de Oliveira Castilho
Rio de Janeiro, 28 de janeiro de 2003.
Nunca foi tão penoso existir.
Saber-se humano dilacera lentamente:
Facas de lembranças, constatações, descobertas.
Existir apavora e cativa.
Ama-se dolorosamente existir.
Fica-se a um segundo da loucura
Tanta é a lucidez de ser incapaz.
A mulher no reflexo do vidro da janela do metrô
É tão bela que dói.
Assustadoramente triste!
Ela sabe que existe e que também disfarça viver
E é só! Apenas isto!
Angélica de Oliveira Castilho
Rio de Janeiro, 28 de janeiro de 2003.
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