domingo, maio 4

GULA

Meu Deus! Meu Deus! E o mundo desabando, o chão rachando, escoando séculos e séculos de civilização para então se ver que a “hortelã matinal" é só um detalhe. A fome maior é de amor. E amor eles tinham ali, deitados, enroscados, projetados no nada do mundo que é burguês, mas que para Darwin é tudo, mas que para Marx é falta de perspectiva, mas que para todos os bons e os maus é alguma coisa! Nos entre cantos do entretanto um olhar percebe a ânsia louca e ancestral de ter o outro. No meio do casual olhar um retrato de todos nós.

Angélica de Oliveira Castilho
Rio de Janeiro, 04 de maio de 2008.

Um comentário:

Ana Claudia disse...

Nossa, e agora vejo a gente comungando a gula.
Tanta coisa acontecendo e desacontecendo, amiga.
Saudade e ao mesmo tempo peso. O peso de saber ser impossível sair da gula e do desespero agora.
Escrever, escrever, escrever. E procurar a cura.
Um beijo cheio de admiração e carinho,
Ana Claudia